Abortos de amor...

Nada é de graça... simples assim. Todos os dias a vida nos traz novidades, situações que temos que escolher... viver. Nós nunca sabemos de antemão o resultado dessas escolhas... como saber? E mesmo no auge de uma grande alegria, como ressaca depois de um grande porre, a tristeza... com o arrependimento de ter ido naquela direção. Sim, claro vamos dizer... valeu a pena... aprendi... Mas, as lagrimas caem sem esperança quando vemos nos olhos daquele que trouxe tanta alegria o baixar de um olhar arrependido... Não quero te magoar. Mas, plantou dentro de mim a esperança de ser completa. E agora, que os meus dias ficaram cheios de voce? E agora o que fazer com o que concebemos... ? O que fazer com o seu cheiro no travesseiro... com minha mão que busca seu peito a noite? As risadas, o carinho? O que fazer com um broto de um amor que nem teve chance de respirar? O que fazer quando na minha vida só existem abortos de amor... Chego a imaginar que nunca terei a chance de ser amada... pois, eu amo.... amo... me entrego e no final morro. Morro mais um pouco pra mim, morro pro mundo...pedaços que são arrancados pela decepção... É quase uma obsessão do destino em me enganar... e eu me apaixonar. Meu coração não bate mais, ele apenas balbucia... murmura palavras de um sobrevivente, que se banha nas lagrimas que caem dos meus olhos... Sei, amanha é outro dia... Mas, tenho medo do amanha. Tenho medo das surpresas. Tenho medo de me entregar... porque a minha natureza me faz vulnerável, me faz frágil diante da dor. Não quero mais andar.. nem olhar. Só ficar escondida na minha concha. Pra sempre escondida de mim mesma. 

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